O amor, o carinho, a compreensão, a disciplina consciente, são as armas que temos para combater a violência. A punição, às vezes indiscriminada e injusta, agrava a situação. Dentro deste raciocínio só existe uma maneira de diminuir a violência: assegurar que todas as crianças, principalmente nos seis primeiros anos de vida, recebam a proteção que lhes é assegurada pelo artigo 227 da Constituição, acrescida dos seguintes adendos: os pais só deverão ter filhos se estiverem dispostos a amá-los e a protegê-los, caso contrário, serão instruídos sobre como evitá-los; as crianças vítimas da violência no lar, considerada a forma mais comum, mais grave, é a grande responsável pela perpetuação do processo pois, o violento gera o violento, deverão ser colocadas em lares substitutos; a privação materna, por si só, é capaz de formar delinqüentes, deverá ser combatida: toda criança deverá ter uma mãe e uma família, sendo obrigação e responsabilidade do Estado: promover, facilitar e agilizar os processos de adoção, ou de colocação familiar, para que as crianças não fiquem, nem um dia, abandonadas; os hospitais deverão promover a participação dos pais no tratamento dos filhos; as creches e as escolas maternais necessitam ter pessoal habilitado, que conheçam as necessidades emocionais das crianças; o fato de gostar de crianças deverá ser levado em consideração na seleção de todo e qualquer profissional que pretenda cuidar delas.
Embora tudo isso possa parecer utópico, será, sem dúvida, muito mais fácil do que acabar com a impunidade, com o narcotráfico, com o contrabando de armas e com a violência urbana. Acho que seria mais lógico se pensássemos em maneiras de conseguir formar bons cidadãos, ao invés de só nos preocuparmos em corrigir os que estão errados.
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